31/07/2014

Homeopatia leiga 2.

Aula arquivo Dr Luiz DarcyEm aula para os alunos (médicos e farmacêuticos) do Curso de Homeopatia oferecido pela parceria Sociedade Médica de Uberlândia e Prefeitura Municipal, o professor Luiz Darcy Gonçalves Siqueira, do CEHL; abordando um tema de suma importância para a Homeopatia – “Os Obstáculos à Cura”; em determinado momento assim se expressou:

Dr. André Saine, médico homeopata canadense, proferiu uma conferência sobre o tema na Nash Conference in New York City, em 9 de Setembro de 2000, intitulada “As causas dos fracassos em Homeopatia”, da qual destacamos alguns pontos interessantes:image

E isso é muito importante porque quando, na prática alopática, um caso vai mal, o paciente diz que foi falha do médico; mas na prática homeopática ele diz que a Homeopatia não funciona.

Este o meu grande temor: Que aqueles fracassos se multipliquem  devido às “sugestões terapêuticas”  dos homeopatas leigos, já que me parece razoável supor que sua formação total é menos completa que a médica.

17/07/2014

“Jogar o lixo fora”

Dia desses, em família, conversando sobre o “falar brasileiro” surgiu a questão das ambiguidades na língua, tendo sido  citado como exemplo o verbo ganhar nas expressões “ganhar um presente” e “ganhar dinheiro”; afinal de contas, a que o verbo ganhar se refere? A algo gratuito como um presente ou a algo conquistado como um salário?

Essa semana me deparei com um artigo que aborda uma dessas ambiguidades e que traz uma reflexão importante, a qual condensei selecionando pequenos trechos: 

Lixo nos Andes - Agosto 2012

O CONSUMISMO E O GRANDE ERRO DA EXPRESSÃO: "JOGAR O LIXO FORA"

Dentre os vários conceitos errôneos que a modernidade ... têm produzido... tem um... que está contido na expressão: “jogar o lixo fora”. ... Para começar, devo dizer que embora sejamos obviamente seres naturais, a natureza ao contrário do homem, não conhece, não produz e nem admite a existência daquilo que chamamos lixo. ... efetivamente o lixo é um atributo exclusivo, definido e criado pelo Homo sapiens à revelia da natureza e dos mecanismos naturais. ... e a noção que está contida na expressão “jogar fora”, em lugar externo, é uma ilogicidade ... haja vista que ... todo o resíduo que nós produzimos e chamamos de lixo é depositado aqui... Quer dizer, “jogar fora” é algo que não existe,... tudo acontece DENTRO do Planeta Terra.

Luiz Eduardo Corrêa Lima -  24 de maio de 2014.

Para ler na íntegra:  http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/57018/o-consumismo-e-o-grande-erro-da-expressao-jogar-o-lixo-fora#!2#ixzz37d2L9qoD

05/07/2014

Luz perigosa.

Artigo publicado pelo Boletim EcoDebate alerta para os perigos de uma prática que, por questão de economia, já se tornou rotineira no mundo todo; a substituição de lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes.“Já fora de circulação na Europa, as lâmpadas incandescentes também estão com os dias contados no Brasil. A partir desta terça-feira (01/07), as de 60 watts deixam de ser fabricadas e importadas. As mais fortes já foram proibidas, e as mais fracas sairão de produção em 2015. Se, por um lado, a iniciativa tem por objetivo economizar energia, por outro pode causar danos ambientais e à saúde.

Para que a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes seja vantajosa em todos os aspectos, ela precisa vir acompanhada da destinação final correta dos novos modelos, que contêm chumbo e mercúrio. Se simplesmente jogadas no lixo comum, as lâmpadas fluorescentes podem contaminar o ar, o solo e os lençóis freáticos.

O mercúrio e o chumbo são extremamente tóxicos e prejudiciais à saúde. O mercúrio tem um efeito cumulativo no organismo, ataca o sistema nervoso e pode resultar em má formação embrionária, câncer e até morte. O chumbo também causa câncer e ataca o cérebro, os rins e os sistemas digestivo e reprodutor.”                                   LER NA ÍNTEGRA.

Parece que o grande problema é não existirem, ainda, locais de coleta adequados; se você precisa descartar algum produto TENTE AQUI, talvez tenha sorte.

Outro ponto a ser considerado é o efeito nocivo da irradiação que as lâmpadas fluorescentes emitem e, até onde sei, é melhor usá-las em uma distância maior e dentro de uma luminária de vidro, o que aumentaria a proteção.

30/06/2014

MERA COINCIDÊNCIA.

Hoje, pela manhã, me deparei com essa lagarta perambulando pelo jardim de casa; fiquei intrigado com a bagagem que ela carregava - pequenos flocos que pareciam de algodão… A fotografei e fui pesquisar…

Os flocos são casulos com larvas de uma vespa, provavelmente Cotesia congregata. A vespa deposita suas larvas na lagarta e nela injeta substancias que paralisam a progressão dos estágios evolutivos impedindo a metamorfose; a lagarta nunca se transforma em borboleta mas continua se alimentando e às larvas da vespa; em alguns dias novas vespas saem dos casulos.

Trata-se, portanto, de um simples caso de parasitismo; uma das Relações Bióticas existentes na natureza; onde um ser (parasita) vive às custas de outro (hospedeiro) e qualquer semelhança com fatos e/ou pessoas conhecidas é mera coincidência.

19/06/2014

HOMEOPATIA LEIGA?

No Brasil a Homeopatia é, oficialmente, pratica pertinente à Farmácia, à Medicina, à Odontologia e à Veterinária; apesar disso, se valendo do famoso “jeitinho brasileiro”, estão proliferando cursos de “Homeopatia para leigos”, isto é, para pessoas que não possuem formação naquelas quatro áreas profissionais.

Não pretendo, aqui, entrar no mérito do legal x ilegal dessa conduta, quero sim destacar outros dois aspectos importantes:

O primeiro é a respeito do paciente e, sobre isso, de uma entrevista da farmacêutica Márcia Gutierrez, presidente da ABFH, destaco o seguinte trecho:Diante de uma prescrição feita por profissional não habilitado, a prioridade é informar o paciente sobre os riscos dessa escolha. Talvez ele os desconheça… Por fim, a decisão sobre a estratégia terapêutica não é do médico, mas, sim, do paciente que pode, ou não, segui-la. Se, apesar de esclarecido e orientado, o paciente ainda optar por um tratamento irregular, o farmacêutico deve decidir se será parceiro ou não dessa irregularidade, que poderá colocar a saúde do paciente em risco, nesse momento, apenas assumido pelo farmacêutico, já que não há médico na história para assumir responsabilidade.”

O segundo ponto é a respeito da própria Homeopatia, uma excelente terapêutica que ainda é combatida - não importa se por desconhecimento ou por interesse econômico – a pratica leiga, com seus acertos e erros, a beneficiaria ou prejudicaria nessa “queda de braços”?

02/03/2014

Insônia.

Ainda com relação aos Benzodiazepínicos:

Algumas razões para não tomar pílulas para dormir é o titulo do artigo do Dr. Ric Day da Universidade de Nova Gales do Sul, publicado em 10 de fevereiro deste ano pelo Diario da Saúde.

É interessante e esclarecedor, vale a pena ler.

Sabemos há muito tempo que não se deve tomar drogas hipnóticas por mais do que uma a três semanas, porque elas criam dependência e aumentam o risco de acidentes.

E agora há um crescente corpo de evidências mostrando que as drogas hipnóticas podem estar aumentando o risco de morte prematura.

Hipnóticos são medicamentos prescritos especificamente para ajudar as pessoas que sofrem de insônia a ter uma boa noite de sono. Isto inclui as pessoas que têm dificuldade para pegar no sono, bem como aquelas que lutam para não perder o sono no meio da noite.

Na classe de hipnóticos mais comumente receitados estão os benzodiazepínicos ou drogas estreitamente relacionadas a estes. Nesta classe de benzodiazepínicos estão o temazepam (Normison, Temaze), flunitrazepam (Hypnodorm) e nitrazepam (Mogadon).

Embora estes medicamentos sejam tipicamente prescritos para pessoas que sofrem de insônia, alguns outros benzodiazepínicos bem conhecidos, como o diazepam (Valium), oxazepam (Serepax) e alprazolam (Xanax) são prescritos também para ansiedade.

O grupo "Z" de novos medicamentos hipnóticos, tais como zolpidem (Stilnox) e zopiclona (Imovane, Imrest), são muito semelhantes às benzodiazepinas em seus mecanismos de ação e têm problemas idênticos.

 

Problemas e mais problemas:

Apesar das alegações em contrário, nenhum medicamento hipnótico oferece a mesma qualidade de sono que o sono natural. E há uma série de opções de tratamentos não-medicamentosos comprovados para a insônia, como técnicas de relaxamento simples, que são definitivamente melhores a longo prazo. As drogas hipnóticas, por outro lado, são viciantes, entorpecem as habilidades cognitivas, aumentam o risco de fraturas de quadril por quedas e tornam outros acidentes mais prováveis, especialmente quando combinadas com álcool. Elas também causam reações graves na abstinência, quando seu uso crônico é interrompido de repente. Tais reações incluem convulsões (com o risco de fraturas) mas, mais comumente, pioram a insônia (e muitas vezes a ansiedade), o que continua por semanas após a interrupção dos medicamentos.

Está ficando pior:

Somando-se às já graves preocupações com essas drogas, agora há estudos alarmantes que associam todos os hipnóticos com o câncer e a morte prematura.

Mais recentemente, um estudo com mais de 10.000 pessoas com idade média de 54 anos, às quais foram receitados hipnóticos, descobriu que elas tiveram um aumento de três vezes ou mais do risco de morte em comparação com aquelas que não tomaram os medicamentos.

Os pesquisadores estimaram entre 300.000 a 500.000 as mortes em excesso a cada ano apenas nos Estados Unidos associadas ao uso dos remédios hipnóticos. E não importa que hipnótico seja examinado, o que inclui a atuação das novas drogas "Z", como zolpidem (Stilnox).

Este estudo bem realizado soma-se a mais de 20 outros associando estas drogas à morte prematura ou a um diagnóstico de câncer.

Mas, apesar das incertezas que subsistem [com relação a estes estudos], este é outro forte sinal para os médicos e para a comunidade para terem cuidado com o uso crônico de medicamentos hipnóticos.

Certamente não há nenhuma boa razão para o uso de hipnóticos a longo prazo. E há opções não medicamentosas eficazes para o tratamento da insônia que não são usadas com a frequência suficiente.

14/02/2014

Benzodiazepínicos – Uso indevido.

Vivo, no meu dia a dia profissional, uma realidade que foi muito bem retratada em um artigo publicado pela revista Ciência e Saúde Coletiva, em abril de 2013, intitulado Contextos e padrões do uso indevido de benzodiazepínicos entre mulheres e que tem como autoras Ana Rosa L. de Souza, Emérita S. Opaleye e Ana Regina Noto do Departamento de Psicobiologia da Universidade de São Paulo. 

Posto aqui, o RESUMO.

Estou convicto de que essa realidade é do interesse de muitos.

O uso indevido de benzodiazepínicos, especialmente entre mulheres, tem despertado preocupação na área de saúde pública. Este estudo objetivou compreender qualitativamente crenças e valores associados ao consumo indevido dessa substância por mulheres. Foram entrevistadas trinta e três mulheres (18-60 anos) com histórico de uso indevido de benzodiazepínicos no último ano, selecionadas intencionalmente e por critérios. Os discursos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo com auxílio do software NVivo. A maioria das entrevistadas referiu tempo de uso bem superior ao recomendado (mediana: 7 anos) e compra com receita médica. Os motivos de uso mais citados foram diminuição da ansiedade, problemas de insônia e fuga dos problemas. Apesar de reconhecerem a possibilidade de dependência, esta não motivou a interrupção do uso. O acompanhamento médico não pareceu, necessariamente, estimular a percepção de risco dos benzodiazepínicos, sendo um fator que favoreceu a manutenção do uso prolongado.

Para ler na íntegra.