30/12/2010

Fim e Começo de anos.

Copa de Flamb cabeçalho Escolhi a vermelha copa florida de um Flamboyant para o cabeçalho do blog nestes final e começo de anos porque “... o vermelho, sugere motivação, atividade e vontade. Ele atrai vida nova e pontos de partida inéditos. O vermelho está associado ao calor e à excitação, com a iniciativa e a disposição para agir, com o espírito de pioneirismo que nos eleva. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos. Afetuosidade e perdão são duas belas qualidades dessa cor, assim como a prosperidade e a gratidão.” (www.rodrigo.pro.br)

Portanto…

Vontade, iniciativa, disposição para agir, persistência e poder temperados com afetuosidade, perdão e gratidão, propiciando uma prosperidade justa, é o que desejo para mim, para os meus e para você!

20/11/2010

Atestado médico – CID.

Não é do conhecimento de grande parte da população as resoluções do CFM que tratam da inclusão do CID nos atestados e nas guias dos convênios médicos, isto tem provocado algumas discordâncias no dia a dia, razão pela qual trago, a título de informação, duas resoluções pertinentes e esclarecedoras sobre o assunto e também os artigos do Código de Ética.

 

RESOLUÇÃO CFM nº 1.819/2007

(Publicada no D.O.U. 22 maio 2007, Seção I, pg. 71)

O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei n.º 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004,

RESOLVE:

Art. 1º Vedar ao médico o preenchimento, nas guias de consulta e solicitação de exames das operadoras de planos de saúde, dos campos referentes à Classificação Internacional de Doenças (CID) e tempo de doença concomitantemente com qualquer outro tipo de identificação do paciente ou qualquer outra informação sobre diagnóstico, haja vista que o sigilo na relação médico-paciente é um direito inalienável do paciente, cabendo ao médico a sua proteção e guarda.

Parágrafo único. Excetuam-se desta proibição os casos previstos em lei ou aqueles em que haja transmissão eletrônica de informações, segundo as resoluções emanadas do Conselho Federal de Medicina.

Art. 2º Considerar falta ética grave todo e qualquer tipo de constrangimento exercido sobre os médicos para forçá-los ao descumprimento desta resolução ou de qualquer outro preceito ético-legal.

Parágrafo único. Respondem perante os Conselhos de Medicina os diretores médicos, os diretores técnicos, os prepostos médicos e quaisquer outros médicos que, direta ou indiretamente, concorram para a prática do delito ético descrito no caput deste artigo.

Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 17 de maio de 2007.

ROBERTO LUIZ d’AVILA - Presidente em Exercício

LÍVIA BARROS GARÇÃO - Secretária-Geral

atestado médico

 

E no Novo Código de Ética Médica - início da vigência 13/04/2010 - encontramos:

Codigo de ética

*Grifos meus.

17/10/2010

Fotos e Lembranças.

Feriado prolongado...

Dias inteiros de ‘dolce far niente’...

Não viajei com a família...

Fui rever fotos de viagens passadas.

…Viagem e vida têm semelhanças!

Alguns dizem que viajar é viver, há quem diga que a vida é uma viagem… De minha parte sei de gente que vive viajando e não vive, também conheço quem nunca viajou… mas como vive!

Nem a vida nem as viagens têm como ser totalmente programadas, sempre existem as surpresas e aí entra o ‘jogo de cintura’ do ‘viajante’… jogo que é aprimorado, pela prática, na viagem da vida… quem não pratica ‘apanha’ com mais freqüência.

A  vida e as viagens têm classificações diferentes, mas sejam de ‘primeira classe’ ou de ‘mochila’ devem ter em comum, pelo menos, um rumo, sob pena do ‘viajante’ ficar andando em círculos.

Tem ‘viajante’ que só pensa no destino e não usufrui do trajeto; também há aqueles que se perdem no trajeto e não chegam.

Da vida e das viagens guardamos fotos  e lembranças… o que fala ao coração do ‘viajante’ atrai seu olhar e se transforma em lembranças e em fotos; as lembranças, por serem voláteis, muitas vezes são recuperadas através das fotos... as fotos são mais estáveis!

E como gostamos de revisitar nossas fotos e nossas lembranças! Se iludidos só temos boas fotos e boas lembranças… Se pessimistas só temos más… Se mais equilibrados temos das duas mas preferimos as boas.

 nas Minas Gerais … viagem pelas Minas Gerais.

Interessante observar como as pessoas são diferentemente afetadas pelo viver e pelo viajar; nos repertórios homeopáticos, entre centenas de situações e sintomas relacionados a isso, encontramos Desejo de viajar, e me surpreende esta rubrica ter somente 23 medicamentos, acho pouquíssimo considerando o ‘vai e vem’ nas menores oportunidades.

Talvez porque o viver esteja tão desgastante que o viajar está tão desejado… Numa relação mais de equilíbrio que de semelhança viajar seria uma trégua, uma pausa para ‘respirar’ antes de, compulsoriamente, seguirmos  adiante.

07/10/2010

Protesto politico.

Em meados do século passado, como protesto contra o baixo nível dos candidatos a vereador, os eleitores paulistanos votaram maciçamente em Cacareco; acontece que Cacareco não podia ser eleito, ele era um rinoceronte do Zoológico da cidade mas, mesmo assim,  recebeu cerca de 100 mil votos, o bastante para eleger dez candidatos.

Naquele tempo, as eleições eram realizadas com cédulas de papel na qual os eleitores escreviam o nome do candidato de sua escolha; hoje, com as urnas eletrônicas, isso não é mais possível, mas é possível algo muito pior.

Cacareco ganhou, mas não levou, o protesto cumpriu sua função e ficou nisso; hoje os votos de protesto em 'cacarecos' representam um 'tiro no pé' não só de quem neles vota, mas de todo brasileiro, pois os 'cacarecos' eleitos assumem as cadeiras com suas prerrogativas e com seus vencimentos, já as obrigações!

Quando  o filósofo francês Joseph De Maistre escreveu "cada povo tem o governo que merece", ele teve a intenção de criticar, não o governo, mas aqueles que tendo o direito de escolher não o faziam direito e, portanto, mereceriam os desmandos dos eleitos; mas no Brasil votar não é um direito, é uma obrigação, e aqueles que votam por desejarem e conscientemente não têm o governo que merecem, mas sim o que lhes é imposto por uma maioria, não esclarecida politicamente, obrigada a votar.

Não me espanta que pessoas com pouco conhecimento politico votem em 'cacarecos’, acho que é até de se esperar; espanta-me que pessoas com conhecimento permitam que 'cacarecos' sejam candidatos, o que me faz imaginar o que existe por trás de tal permissão; intencionalidade, descaso ou insanidade? Seja lá o que for não é boa coisa!

Mas, "Mea culpa”... Estou 'pago para ficar calado'... Igual a muitos dos ‘conscientes’ sou muito ocupado, não sou filiado a nenhum partido, não participo de nada que tenha conotação política, entrego a outros a aprovação das candidaturas de 'cacarecos'; portanto volta a valer o dito de De Maistre... Também eu, igual a muitos, tenho o governo que mereço, mesmo que indiretamente.

30/09/2010

Benefícios colaterais.

colateral_1Ontem à noite, para espairecer, me dispus a assistir Colateral, um filme que, pela sinopse, deveria ser ‘meia boca’ apesar do elenco: Tom Cruise interpretando um matador de aluguel (Vincent); Jamie Foxx um condutor de taxi (Max) contratado pelo matador; Jada Pinkett Smith uma promotora (Annie) que constava da lista de ‘vitimas’ do matador.

Interpretações e enredo do filme à parte, que afinal não é tão ruim; existem benefícios colaterais na história que chama nossa atenção para questões pertinentes ao equilíbrio humano:

Pausas no ‘dia a dia’ – Max as conseguia, se apartando mentalmente dos momentos desagradáveis, ao fixar a atenção em uma foto.

Procrastinação – Max adiava, anos a fio, o inicio de um negócio próprio, aguardando o momento ideal que nunca chegava.

Mania de trabalho – Annie trabalhava muito, até altas horas.

Ansiedade, antecipação – Annie, por seu próprio relato, sofria demasiado antes dos julgamentos.

Condescendência – De Max em relação à sua mãe, a seu patrão e ao matador.

Teimosia  - A determinação exagerada de Vincent faz com que, no término do filme, ele persiga Annie e Max e… Não vou contar o final!

Filme terminado… fiquei pensando e brincando com ‘meus botões’; considerando apenas as personalidades dos personagens, que é só o que o filme mostra, quais medicamentos homeopáticos poderiam lhes servir?

Para Annie… Trabalhadora, perfeccionista, sofrendo por antecipação, impecavelmente vestida e penteada…Arsenicum album?

E para Max? Consciencioso, complacente e que posterga seus desejos… Silicia ou Nux vomica? Acho que sua reação final faz jus a Nux.

E quem se apresenta… orgulhoso, obstinado e falando com ares de comando como ‘El matador’  Vincent, qual medicamento necessitaria? Lycopodium é tão  ‘lugar comum’ para protagonistas ‘machões’…

Mas afinal o que importa? Apesar de serem os mais importantes, somente sintomas mentais não é bastante para uma boa escolha de medicamentos, é necessário o concurso de sintomas locais e gerais em uma totalidade sintomática; além do que não estou avaliando pessoas reais, são pessoas imaginadas, portanto os medicamentos presumidos são palpites que jamais serão postos à prova… apenas uma divagação... um efeito colateral da capacidade imaginativa.

25/09/2010

Passado/Futuro.

Cansei...

Certo dia resolvi não mais lutar para ter um bom futuro...

Percebi que, por me preocupar em excesso com um futuro que teimava em não atender meus desejos, eu não tinha um passado realmente bom… estava em um ‘atoleiro’… ansiava pelo futuro e lamentava o passado.

Decidi que, daquele dia em diante, ia 'batalhar' para ter um bom passado, e como fazer isto se o agora, daí a pouco, já seria passado e imutável?

Comecei por reavaliar meu conceito de performance ideal... para tudo, tudo mesmo, eu tinha um conceito rígido, exigente e ás vezes equivocado, de ideal e, como raramente o atingia, frequentemente me sentia decepcionado… decidi que, dali para a frente, o ideal para mim seria o melhor possível dentro das circunstâncias do momento.

Em conseqüência parei de desejar ou aguardar circunstâncias ideais para realizar minhas tarefas ou planos, quando o momento ou oportunidade chegava aquela era a hora e o 'deixar para depois' desapareceu.

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E por passar a buscar o melhor possível em circunstâncias não totalmente favoráveis, eu tinha que estar atento  e surgiu em mim o estar totalmente presente, inteiro naquilo que fazia.

Estar totalmente presente tornou mais prazeroso o que fazia e melhorou minha performance; começaram a aumentar os acertos no meu passado imediato, e à medida que o tempo fluiu, ficou evidente que construía um bom passado e, interessante!…isso melhorou bastante minhas perspectivas futuras.

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18/09/2010

Medicamentos – Serpentes.

image Símbolo dual do bem e do mal as serpentes exercem, desde sempre, um fascínio que deu origem a mitos e lendas ao redor do mundo:

No folclore brasileiro o Boitatá, cobra que cospe fogo, protege as matas dos incêndios, queimando as pessoas que os provocam; também faz parte de nossas ‘estórias’ a “Cobra que mama”; ela coloca o rabo na boca do recém nascido enquanto suga o leite da mãe que nada percebe.

Ouroborus Símbolo de renovação e regeneração por, periodicamente, mudar de pele e ressurgir renovada, também deu origem ao mito universal do Ouroborus, serpente que forma um anel por ter na boca a própria cauda, representando o que nunca termina e que sempre se renova.

A Kundalini, ‘serpente enrolada na base da coluna vertebral’, representa o poder espiritual primordial, uma energia transformadora que trabalhada se expande em direção aos chakras superiores, para alcançar o objetivo maior do Yoga que é a paz interior e realização divina ou samadhi.

Por sua influência sobre Eva nos jardins do Éden, representa a sedução e também a desobediência às leis Divinas sendo, por esse motivo, associada a uma representação do mal.

Na medicina, “A contraposição de duas serpentes, como no caduceu de Mercúrio, indica o equilíbrio de forças, a contraposição da serpente domada (força sublimada) à selvagem (bem e mal, saúde e doença). Esta imagem repetida também inclui, como assinala Jung com muita acuidade, o pressentimento da homeopatia, a cura por aquilo que causou o mal.” (1)

E, de fato, nos medicamentos homeopáticos a cura também a partir desses venenos usualmente fatais, sendo que... “Quanto maior o veneno, maior o remédio; e alguns dos medicamentos de ação mais rápida e heróica em doenças desesperadoras são os venenos de cobra. Eles curam, claro, somente as condições que eles produzem; mas, quando usados com o propósito de curar, estes venenos devem ser dados em doses pequenas e inócuas; e somente para pessoas cujos sintomas (físico,mental ou moral) lembram os sintomas do veneno. Neste caso o poder curativo é surpreendente.” (2)

Parte integrante de totalidades sintomáticas características de cada um deles, os medicamentos oriundos destes venenos apresentam no 'mental':

Lachesis - “Kent diz: 'egocentrismo, presunção, inveja, ódio e crueldade; um excessivo amor próprio. Todos os tipos de insanidade impulsiva; ...'. Mas dentro da insanidade real que ele descreve, certas coisas sobressaem, indicando Lachesis. CIUMENTO, DESCONFIADO;”(2) e, sem dúvida, loquacidade.

Crotalus horridus - “Desconfiado e mordaz; loquacidade...resmungará, confundirá e hesitará nas palavras... um grave estado passivo com embriaguez;” (2)

Elaps corallinus. - ”Desatenção. Depressão de espírito, desejo de solidão. Medo de ficar sozinho, como se algo terrível pudesse acontecer. Irritado consigo mesmo, não deseja falar”. (3)

“Deprimido, imagina ouvir alguém falando. Medo da chuva. Medo de sofrer um derrame. Pode falar, mas não podem entender sua fala.” (4)

Naja tripudians “Medita constantemente sobre problemas imaginários. Insanidade suicida. Deprimido. Aversão a falar. Fala de modo ininteligível. Melancolia. Teme ser deixado sozinho. Medo da chuva.” (5)

(1) – Dicionário de símbolos – Juan - Eduardo Cirlot.                         (2) – Retratos de Medicamentos Homeopáticos – Margaret L, Tyler.   (3) – Text Book of Materia Medica. – Adolph Lippe.                           (4) – Devendra Kumar – http/homeoresearch.blogspot.com/2010/01/elaps-corallinus.html                                                                                  (5) – Matéria Médica Homeopática – Boericke.

11/09/2010

Medicamentos – Avena sativa.

image Dizem que a aveia (Avena sativa) vicejava como erva daninha em meio às plantações de cevada; percebida sua utilidade passou a ser cultivada separadamente e, desde antes da era cristã, usada na alimentação animal e humana; atualmente é usada também na medicina, sendo que o medicamento homeopático, preparado à partir da planta verde e fresca em flor…

“Tem uma ação seletiva sobre o cérebro e o sistema nervoso, influenciando favoravelmente suas funções nutritivas... Adequado para insônia nos alcoólatras... Fraqueza sexual, esgotamento nervoso... Incapacidade de manter a atenção em qualquer assunto.” (1)

Esgotamento nervoso, após doença esgotante ou excessos sexuais. Esgotamento nervoso, com dificuldade de pensar, de trabalhar, de fixar sua atenção. Falta de tonicidade geral com insônia. Tendência à tristeza e à melancolia. Cefaléia…, com irritabilidade, prostração nervosa e insônia.” (2)

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… valioso (Clarke) para superar a morfinomania e, possivelmente, outras dependências químicas;… Alcoolismo.” (3)

Outro ‘pequeno’ medicamento homeopático que se torna ‘grande’ quando, levando-se em consideração a totalidade sintomática do sujeito, é adequadamente prescrito.

(1) Boericke – Matéria médica homeopática.  

(2) Vannier, L. e Poirier, J. – Tratado de Mat. Méd. Homeopática

(3) Vijnovsky, B. – Tratado de Mat. Méd. Homeopática.

 

09/09/2010

Tempo x Rotina.

Eureka!

Descobri que descobriram a razão pela qual o tempo parece passar tão rápido de uns tempos para cá.

Me deparei com uma reportagem da qual reproduzo trechos:

“A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS / Por Airton Luiz Mendonça

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, enfim as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a rotina.”

O remédio? Mudanças… quebrar a rotina.

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03/09/2010

Medicamentos – Abies canadensis

image O uso das árvores de várias espécies de abeto (Abies) na comemoração do nascimento de Cristo (Natal) pode ser uma derivação de um costume muito mais antigo: O uso pelos egípcios, de folhas de palma, simbolizando a vitória da vida sobre a morte, durante o solstício de inverno.

Considerado ‘pequeno’, por ter sido pouco estudado, o  medicamento homeopático Abies canadensis, segundo Chase e Pawlik,  acarretaria no aspecto mental, quando adequadamente prescrito, o seguinte:

“Aberto para as mudanças: Passando a aceitar as mudanças em sua vida através do desenvolvimento da fé, contribuindo para o equilíbrio emocional nas circunstâncias diárias, encorajando-o a se abrir para o aprendizado. Mais do que questionar ou julgar os eventos o indivíduo passa a aceita-los com equanimidade, deixando que as mudanças fluam quando necessárias. Ajuda a dissolver a complacência, libertando-o do modo de fazer e compreender as coisas do passado.”

Abies é ‘pequeno’ na quantidade de sintomas conhecidos, mas não são pequenos os benefícios que pode proporcionar; equilíbrio, equanimidade e aceitação não são fáceis de alcançar, principalmente em tempos ‘bicudos’.

OBS   -  As partes do texto sublinhadas, foram alteradas em prol da compreensão; o original se encontra em: http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_64_cesaho.pdf

28/08/2010

Alzheimer.

Cresci ouvindo palavras cujas grafia e pronúncia corretas só mais tarde descobriria; giriza vim a saber se tratava de ojeriza, abicedado na verdade seria obsediado… e muitas outras; mas eu sabia exatamente o que cada uma significava pelo sentido das conversas; no entando, de caduco, que era pronunciada corretamente, eu apreendi um sentido diferente do real por ela ser usada de forma amena e até carinhosa em frases como:

- Temos que ter paciência com tia fulana, ela está caducando.

- Viu seu beltrano? Depois que caducou está calmo que é uma beleza.

- Gosto tanto da vó sicrana… ela está caduquinha!

Ademais os ‘caducos’ viviam entre as ‘gentes’ numa boa e, para mim, caducar não parecia coisa ruim, vez ou outra eu até gostaria de caducar, quem sabe teriam paciência com minhas ‘artes’?

Hoje, que tudo é uma ‘modernice’ só, ninguém mais caduca... desenvolve doença de Alzheimer... e um pavor imenso ataca aqueles que começam a esquecer algumas coisinhas, que vez ou outra cometem uma confusãozinha, que aqui e ali usam uma palavra fora de contexto... essas eventualidades passiveis de acontecer nessa atribulação nossa de cada dia.

Mas, se esse pavor, na maior parte das vezes, não é justificado, o desejo de ser saudável é; e se antes a ciência era totalmente pessimista à respeito da deterioração cerebral, hoje não mais; e assim como exercitamos os músculos para sermos ‘sarados’, podemos exercitar o cérebro para continuarmos sãos.

‘Mens sana et corpore sano’.

Existe vasta literatura ensinando como exercitar nosso cérebro, basicamente seria aprender coisas novas e realizar coisas já sabidas de modo diferente, p.ex.:

Aprender outro idioma.

Aprender a dançar.

Realizar tarefas cotidianas com os olhos fechados.

Fazer palavras cruzadas.

Usar a mão não dominante.

Mudar a rotina.

E muitas outras coisas.

Certo é que, para dificultar a ‘caduquice’, temos que sair da frente da televisão limitante e emburrecedora e colocar mãos à obra.

Exercitando seu cérebro

9642

“Para que lado a mulher está se movendo? Se você a vê se movendo em sentido horário, você está usando o lado direito do seu cérebro; se você a vê se movendo em sentido anti-horário, você está usando o lado esquerdo do cérebro. Algumas pessoas podem vê-la se movendo para os dois lados, mas a maioria não consegue.
Tente vê-la se movendo nas duas direções. Se você conseguir fazer isso, já é uma vitória (não há números para o Brasil, mas estima-se que apenas 14% da população norte-americana consegue vê-la se movendo para os dois lados). E se conseguir fazer isso SEM TIRAR os olhos dela ou piscar (e voluntariamente), seu QI é acima de 160, segundo um teste da Universidade de Yale (que desenvolveu essa figura)
 

Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=09642

26/08/2010

Medicamentos - Coffea.

image Conta a lenda que um pastor árabe observou que suas ovelhas ficavam mais espertas e ativas após comerem os frutos de determinado arbusto (Coffea arábica)... daí para o preparo de uma infusão que o deixava alerta e sem sono foi um passo...Pelo sim, pelo não, verdade é que o café, quando consumido em excesso, pode provocar excitação e insônia;

“... insônia, não por agitação, desconforto ou dor, mas a insônia de um cérebro muito alerta e acordado pelo prazer, excitação ou estresse e atividade mental.” (1)02

E se dele são feitas, além do tradicional cafezinho, várias guloseimas; também dele se originam dois medicamentos homeopáticos que possuem, entre outras, a capacidade de evitar ‘noites em claro’:

Coffea cruda – Preparado a partir do café cru apresenta, dentro de um amplo perfil, o seguinte quadro: “Inusitada atividade mental e física. Repleto de idéias, pronto para agir, mais à noite; cheio de fantasias e planos para o futuro. Tem um verdadeiro aumento das faculdades intelectuais, com rapidez de pensamento e ação, e grande afluxo de pensamentos. De suma utilidade em afecções derivadas de emoções repentinas e, mais especificamente, produzidas por surpresas agradáveis.” (2)

Coffea tosta – Preparado a partir da infusão de grãos de café torrados apresenta “Insônia total. Acorda muitas vezes. Quando está quase dormindo, sobressalta-se bruscamente, com medo de cair ou de algum perigo iminente.” (2)

Portanto, usar Coffea adequadamente é receita para ‘bons sonhos’.

(1) Margaret Tyler – Retratos de Medicamentos Homeopáticos.

(2) Bernardo Vijnovsky – Tratado de Matéria Médica Homeopática.

SONO NA MEDIDA CERTA.

22/08/2010

Contrariedades do dia a dia.

Temos, intolerantes que somos, tendência a dar muita importância e valor ao que nos incomoda e contraria, chegando a permitir que coisas muito pequenas nos desequilibrem e estraguem nosso dia; mas, se observarmos bem, considerando a impermanência das coisas, tudo se torna, como disse Robert Elliot, ninharias…As  contrariedades são ninharias, são como moscas…Ou, pelo menos, deveriam ser.

Tenho consciência de que pouquíssimas pessoas possuem a capacidade de abstração representada na analogia do vídeo; mas todos nós podemos desenvolver recursos para, na hora das preocupações e inconveniências diárias, tentar mudar nosso comportamento usual; - a postagem Condição humana/Hábitos  de 07/03 aborda esse assunto. Tenho certeza que nosso sistema imunológico e aqueles que conosco convivem  agradeceriam.

19/08/2010

Aurum metallicum.

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A referência ao ouro na postagem anterior induziu-me a reler matérias médicas homeopáticas de Aurum metallicum; poderoso medicamento que, entre outros preciosos benefícios, já evitou que muitos pacientes com ideação suicida passassem ao ato; evidentemente quando prescrito na potência e doses adequadas a cada paciente.

Em Jacques Lamothe, homeopata francês, encontrei:

“... Para o alquimista, a meta de iniciação através da transformação do chumbo em ouro era a transformação mística do homem em Deus por Deus. Símbolo yang do conhecimento, da imortalidade para os chineses.”

E ainda:

“... Ao contrário da alquimia, o ouro também é o signo do materialismo, da degradação do homem, às vezes da sua perversão. É um tesouro ambivalente. Ele permitiu ao homem encontrar tanto a luz divina quanto as trevas da falsa potência... e o desespero.”

Também aqui a dicotomia que acompanha o caminhar humano... e a escolha, o arbítrio... o bem ou o mal não está nas coisas , mas no uso que das coisas se faz.

15/08/2010

Insano garimpo.

Na maior parte das conversas queixas que se repetem:

Falta de tempo, de dinheiro, de lazer...

Excesso de preocupação, de ansiedade, de medo.

 

Em minha juventude emprestávamos cigarros uns aos outros...

Hoje é comum emprestarem antidepressivos e ansiolíticos.

 

Em qualquer lugar pelo qual passem pessoas, é possível observar a mesma situação:

Uma correria que não para…

Pessoas que não se olham…

Não se cumprimentam…

Não sorriem…

Semblantes preocupados e sofridos.

 

Nos escritórios, lojas, bancos, empresas, ruas...

Em quase todo lugar...

A busca frenética pelo ‘ouro’.

 

Esse estado das coisas me remete a uma situação presenciada anos atrás:

O garimpo de serra pelada, que me deixou uma certeza:

Garimpar é uma inútil tentativa de encontrar o que não se perdeu...

Está me parecendo que grande parte das pessoas, sem se darem conta, estão em um garimpo...

Menos terra, menos poeira, menos suor mas, ainda um garimpo…

Um imenso e insano garimpo.

serra 17

Imagem retirada de: http://www.youtube.com/watch?v=rvZmq0a-BV4&feature=related

09/08/2010

Cérebro: Poderes e reações.

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Com belas e sugestivas ilustrações de Nelson Provazi que, no entanto, pecam por sugerirem componentes mecânicos na constituição do que é totalmente orgânico, a Super Interessante de agosto de 2006 trouxe uma reportagem, assinada por Rafael Kenski, intitulada A REVOLUÇÃO DO CÉREBRO, que faz cair por terra crenças antigas como:

- Só usamos 10% da capacidade cerebral.

- No nascimento o cérebro está praticamente formado e não nascem novos neurônios durante a vida.

E que sugere super poderes do cérebro:

  • Mudar a própria forma.

  • Regenerar suas partes.

  • Mover objetos.

  • Ler pensamentos.

  • Ampliar seus poderes.

Sem dúvida é super interessante mas, independentemente da confirmação e efetivação desses super poderes, o término da reportagem é pragmático:

“Para o bem ou para o mal, o nosso conhecimento sobre a mente aumentará daqui em diante. Mas, mesmo com novas máquinas e remédios, nenhuma tecnologia será capaz de fazer você saber o que nunca aprendeu. A capacidade do seu cérebro depende, antes de mais nada, de tudo o que leu, viu, experimentou e viveu. E isso depende apenas de você.”

Touché...

Também na mesma revista, e também sobre o cérebro, outra reportagem que reproduzo na íntegra e que é bastante atual, uma vez que este é um ano eleitoral:

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“ ‘O Alckmin é muito superior.’ ‘Não: ninguém é melhor que o Lula!’ Às vésperas da eleição presidencial, discussões como essa acontecem em todos os cantos do país. Você sabe dizer qual dos lados está com a razão? Se sabe, sua resposta está errada. E se pensou ‘Nenhum, o melhor é o do meu partido’, também não tem razão nenhuma. Calma, não se ofenda. É que, segundo um estudo da Universidade Emory (EUA), nem você nem ninguém com preferência política pode ser racional numa discussão. E o motivo é simples: o cérebro não tem acesso à razão nessas horas.

No estudo da Emory, 30 pessoas filiadas aos principais partidos americanos (Republicano e Democrata) foram colocadas em máquinas de ressonância magnética e tiveram a atividade cerebral monitorada enquanto liam trechos de frases de George W. Bush e John Kerry da época em que eles eram candidatos à Presidência. Em seguida, pediu-se aos voluntários que apontassem contradições no discurso dos candidatos.

Quando a tarefa foi realizada com o candidato oponente, tudo ocorreu como o esperado: a área responsável pelo julgamento racional entrou em funcionamento. Mas, na hora de falar dos erros do candidato do coração, os voluntários perderam a razão. ‘Não houve nenhum aumento de atividade nas partes do cérebro envolvidas com o raciocínio logico. Em vez disso, vários circuitos neurais envolvidos com a emoção se acenderam’, afirma Drew Westen, líder da pesquisa.

A avalanche emocional no cérebro dos partidários desligou as áreas que controlam sentimentos negativos, como tristeza e desgosto, e ligou o circuito neural de recompensa, o mesmo que é acionado quando um viciado se droga. Com isso, eles ficaram mais preparados para defender cegamente o candidato favorito. ‘O resultado é que as crenças do partidário foram reforçadas e quase nenhum dado novo foi levado em conta’, diz Westen. O cientista acredita que a razão some do cérebro não só na política, mas também em todos os assuntos nos quais há interesse pessoal inconsciente, desde a religião até a ciência. Você pode discordar. Mas será que está usando a razão?”

Está explicado porque alguns eleitores votam em determinados candidatos…

11/07/2010

Direito de morrer em paz.

Anos atrás, ainda na faculdade de medicina, ouvi em um corredor de hospital, não sei proferida por quem, a expressão morte em ataraxia; fui ao dicionário e encontrei ataraxia, palavra que nunca ouvira ou lera, definida como:

  • Ausência de preocupações;
  • Paz e tranquilidade de espirito;
  • Ausência de ansiedade;
  • Serenidade da alma.

    Morrer em ataraxia… Antigo e romântico desejo de morrer em paz!

    Ouvi novamente essa palavra, no curso de homeopatia, muitos anos depois, de um médico professor, que ao discorrer sobre as propriedades de um medicamento homeopático, o classificou como facilitador de uma morte em ataraxia.

    Agora essa palavra volta à minha tela mental, não literalmente, mas como possibilidade; o novo código de ética médica, em parágrafo único do artigo 41 estabelece polidamente:

    “Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal.”

    Ações inúteis ou obstinadas…                                   Bons ventos sopram…                                                Garanta-se ao enfermo o direito e a possibilidade de tentar morrer em paz.

  • 03/07/2010

    Apertamento.

    O Dr. Marcelo J. P. Ferreira, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e que tem consultório junto ao meu, enviou-me um artigo, retirado de revista da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas, sobre um sintoma bastante comum nas historias de meus pacientes; rangimento ou apertamento de dentes, o popular bruxismo.

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    No artigo, dados interessantes que chamam a atenção:

    *Na posição de descanso da boca, os dentes nunca devem se tocar, eles se tocam somente durante a deglutição.

    *80 a 90% da população apresenta sinais e sintomas de bruxismo, porém somente 5 a 20% desses indivíduos têm consciência do hábito.

    *Sinais e sintomas mais comuns: Músculos da face hipertrofiados ou cansados ou doloridos; redução da capacidade de abertura da boca; dores de cabeça freqüentes, principalmente nas têmporas; dentes anteriores desgastados; fratura de dentes.

    *O apertamento diurno parece estar associado a distúrbios psicossociais e tensão emocional.

    *O bruxismo do sono não parece associado a distúrbios emocionais, tem origem no sistema nervoso central, decresce  no decorrer da vida ( 14% na criança, 8% no adulto e 3% no idoso), e que na infância pode ser considerado “fisiológico”.

    *Vários fatores podem estar relacionados com o aparecimento do bruxismo:

         -Fluoxetina, Sertralina, Amitriptilina, em doses altas, podem exacerbar o bruxismo.
         -Álcool, nicotina, heroína, cocaína, podem provocar bruxismo secundário.
         -A anfetamina aumenta o bruxismo em até 64%.
         -O alcoolismo aumenta o bruxismo noturno em 60%.
         -Há duas vezes mais bruxistas entre os fumantes.
         -Fator hereditário.

    *Não existe atualmente uma estratégia especifica, tratamento único ou sequer cura para o bruxismo. Recomenda-se tratamento comportamental, odontológico, farmacológico e suas combinações, de acordo com o perfil do portador para alívio dos sintomas.

    A Homeopatia leva em consideração essas condições/sintomas e o Lince Repertório Homeopático traz duas rubricas a esse respeito:

    Inclinação constante a apertar os dentes, com 24 medicamentos e;

    Range dentes durante o sono, com 38 medicamentos.

    Ao avaliar a ação da Homeopatia nesses apertamentos observa-se que o tratamento homeopático individualizado age maravilhosamente, através do medicamento mais adequado a cada paciente, que é visto como um todo, minimizando significativamente ou eliminando as razões do sintoma.

    06/06/2010

    Esperança… Ética na escola.

    etica_escolaNessa manhã, em minha caixa de correio; além das infalíveis contas que quase me levam à loucura e da enxurrada de jornaizinhos de supermercados que a entopem; uma correspondência convite que,  automaticamente, me lembrou  o ditado popular

    “A esperança é a última que morre.”

    A escola, onde meus filhos estudam, convidando-nos, pais dos alunos, para participarmos de um projeto intitulado :

    ÉTICA PARA NOSSOS FILHOS.

    Com certeza irei!

    Assim como prevenção é a melhor medicina…Educação preventiva é, sem sombra de dúvidas, bem melhor e eficaz que educação punitiva, mas não somente para os filhos.

    escola3

    04/06/2010

    Somente o que vale a pena.

     image Recebo muitas mensagens eletrônicas por dia, grande parte delas com pesados anexos PPS, o que por si só já me coloca de sobreaviso, mas opto por abrir todas e ler até onde meu interesse persistir e, ocasionalmente, recebo algo que realmente vale a pena e que justifica abrir todos os e-mails; é o caso deste texto de LYA LUFT que desejo compartilhar:

    image  Nossas muitas fomes

    “Do meu cômodo posto de observadora - e o duro posto de cidadã, onerada de altíssimos impostos, contas a pagar, perplexidade e insegurança, e otimismo anêmico, quero expandir o conceito de fome.

    A fome, as fomes: de dignidade, a essencial. De casa, saúde e educação, as básicas. Mas - não menos importantes - a fome de conhecimento, de possibilidades de escolha. Fome de confiança, ah, essa não dá para esquecer. Poder confiar no guarda, nas autoridades, nos pais e no país, e também nos filhos. Em nós mesmos, se nos acharmos merecedores. Confiar em quem votei, e em quem não recebeu meu voto: ser digno não é vantagem, é obrigação básica. Andamos tão desencantados, que ser decente parece virtude, ser honesto ganha medalha, e ser mais ou menos coerente merece aplausos.

    Fome de conhecimento: não é alfabetizado quem apenas assina o nome, mas quem assina o que leu e compreendeu. De outro modo, perigo à vista. Não cursa uma verdadeira escola quem dela sai para a vida sem saber pensar, argumentar e discernir. A primeira condição para viver melhor é conhecer mais coisas, inclusive sobre a própria situação e as possibilidades de mudar. Não tomando, Invadindo e assaltando, mas crescendo enquanto ser humano e membro produtivo da comunidade: família, trabalho, cidade, país.

    Informar-se faz parte disso, de ser integrado, de integrar-se. É tomar contato com a realidade diretamente, não apenas com o que os outros relatam ou inventam. É assistir ou escutar notícias não como quem tateia no escuro, mas com ouvidos de quem deseja entender. Informar-se é também ler: ler como se come o pão cotidiano, ainda que seja o jornal esquecido no banco da praça.

    Não creio que a violência que assola este país e nos transforma em ratos assustados seja simplesmente fruto da fome de comida, mas da fome de auto-estima. A violência internacional, emblematizada no terrorismo, nasce entre outras coisas da combinação de ideologia torta e fanatismo. A ideologia nem sempre comanda a morte, nem sempre desconserta o intelecto: sendo positiva, ilumina e estimula, assim como a outra degola inocentes, explode crianças e se orgulha disso.

    Andamos acuados pela brutalidade que transcende os limites urbanos, atingindo lugares bucólicos que antes pareciam paraísos intocáveis: você pensa em comprar um sítio? Inclua nesse pacote o caseiro, os cães, alarmes e quem sabe cerca eletrificada. Se for uma fazenda, cave trincheiras e contrate guardas. De preferência, more na cidade mais próxima, rodeado de toda uma parafernália de segurança, ou lançando-se na vida (isto é, saindo à rua) com audácia de guerreiro medieval. Teremos paz, essa nossa grande fome?

    Neste momento estou descrente, embora batalhe por isso do jeito que posso. É dos deveres básicos de qualquer pessoa, tentar a paz em si mesmo e ao seu redor, sem necessariamente desfraldar bandeiras, mas existindo e agindo como um ser pacífico (não confundam com pusilânime!). Se posso ser agregadora - iniciando pela família e amigos -, não devo espalhar ressentimento; se quero a paz, não posso transmitir rancor.

    Tudo começa, como dizem, em casa: desde quando ela era uma primitiva caverna, e nós uns trogloditas um pouco menos disfarçados do que hoje, com fomes bem mais simples de satisfazer.”

    Os grifos são meus e abro mão de comentar o texto; seria redundante.

    27/05/2010

    Gorduras x Saúde.

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    A reportagem sobre alimentação da revista Época de 5 de abril de 2010 é bem interessante, o ‘vicio’ explicaria a dificuldade que os obesos encontram em seguir programas de reorientação alimentar além do que,  a capa, com um sanduiche horrível e ameaçante, retrata muito bem o efeito que comida não saudável deveria provocar à sua simples visão.

    Abaixo o trecho inicial da matéria:Digitalizar0010

    Um  ponto bastante interessante é  a  dica de número 19 de Michael Pollan que, segundo a revista, é o guru do movimento contra a obesidade:

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    16/05/2010

    Depressão – Os novos dependentes.

    imagesCA0H66BN Em 11 de outubro do ano passado, o jornal Folha de São Paulo, na página 5 do Caderno Mais, publicou artigo do psicanalista e professor Joel Birman intitulado OS NOVOS DEPENDENTES, tendo como subtítulo: Confusão entre os conceitos de depressão e melancolia pode tornar o indivíduo “escravo” do mercado farmacêutico.

    Não consegui o link para a reportagem que é um alerta para o diagnostico intempestivo de depressão e uso generalizado de antidepressivos em situações, usuais na vida de qualquer um de nós, nas quais não caberiam o diagnostico nem o tratamento farmacológico.

    Abaixo transcrevo dois parágrafos da referida publicação:

    · “Quanto ao Brasil, o discurso psiquiátrico retomou midiaticamente o enunciado pertinente de Caetano Veloso – de que de perto ninguém é normal – para propor a otimização de antidepressivos para todos, pois a tristeza poderia se camuflar de maneira incipiente nas pequenas dobras do espírito e ser, assim, preventivamente debelada em estado nascente.”

    · “Misturar essas diferentes cartas do jogo psíquico, com o nome de depressão, é nos destinar a todos à condição de escravidão no mercado da medicalização contemporânea.”

    CHARLI~1

    Vejo frequentemente, na lida diária, pessoas deixarem o uso de medicamentos por mudarem a maneira de olhar para o ‘momento’ que estão vivendo, outras por alterarem conceitos pré-estabelecidos para a própria vida, outras por adotarem mudanças simples no trabalho ou no ambiente familiar e outras ainda por simplesmente introduzirem momentos de lazer e/ou exercícios físicos  em suas vidas; todos esses casos tornam evidente o equívoco do diagnóstico e o conseqüente uso inadequado de medicação e reafirmam minha convicção na validade do dito popular “Quem canta seus males espanta”.

    Verdade é que em muitos casos o sofrimento psíquico persiste independentemente da alteração de conceitos e condutas, acredito que a maioria desses se resolva com terapêuticas menos agressivas: Psicoterapia, Acupuntura, Fitoterapia, Terapias corporais, Homeopatia... Permanecendo a indicação dos medicamentos psiquiátricos para casos refratários e/ou que cursam com outras patologias tornando o caso mais urgente; mas sempre a premissa homeopática: Em primeiro lugar afaste os fatores de adoecimento, se não for o bastante administre o tratamento menos agressivo possível.

    Mas para que isso aconteça é necessário que antes de qualquer conduta terapêutica os sentimentos e queixas sejam contextualizados; que sejam esclarecidas as circunstancias que propiciaram seu surgimento, que sejam medidas suas intensidade e duração e avaliadas as alterações provocadas no comportamento psicofísico do sujeito, pois após perdas importantes e em situações de difícil solução o desconforto psíquico é antes sinal de saúde que de adoecimento.

     PEANUT~1

    09/05/2010

    Homeopatia funciona.

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    A revista é antiga, publicada em setembro de 2002, a encontrei em um sebo… A reportagem é sempre atual e me fez pensar em algumas ‘coincidências’… Após períodos em que a mídia veicula reportagens favoráveis à Homeopatia costumam acontecer campanhas que questionam sua validade… Porque será?

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    24/04/2010

    Medicina/Sacerdócio/Ganância. - 2

    Caduceu

    Quando, algumas semanas atrás, escrevi a primeira parte desta postagem, a interrompi com o comentário ‘A mim parece óbvio’, mas ao tentar concluir o assunto a obviedade desapareceu; são tantos os fatores que interferem e contribuem para a escolha das condutas a assumir e do caminho a seguir na vida que seria necessário um livro para abordar todos eles e me restringirei a alguns comentários.

    São evidentes as diferenças entre indivíduos previdentes e indivíduos gananciosos, não é necessário discorrer sobre isso, nossa pauta é o comportamento ganancioso.

    Karen Horney, psicanalista alemã, defende a ideia de que a busca de poder, prestígio e posses, assim como a busca de afeição, seria uma maneira de se conseguir tranquilidade interior, e não teria que ser necessariamente um desejo neurótico; no homem normal esse desejo nasceria da consciência das próprias capacidades e no neurótico de sentimentos de inferioridade e insegurança. Particularmente creio que o desejo não neurótico de riquezas,  proveniente de capacidades reais, produziria benefícios compartilhados com outros indivíduos e acúmulo equilibrado de poder e posses, ao contrário daquele proveniente da insegurança que provocaria acúmulo exagerado e não compartilhado, na vã tentativa de neutralizar a insegurança.

    Considerado, desde antes do surgimento do cristianismo, como um dos sete pecados capitais, a ganância faz parte das características humanas que toda filosofia, religiosa ou não, prega ser necessário refrear; mas convenhamos, não existe muito estímulo para esse refreamento em uma sociedade na qual possuir cada vez mais coisas e prerrogativas  é o mais importante  e é considerado bobo quem não pensa assim.

    Reconheço que o capitalismo é produtor de conforto e facilidades, mas é evidente que o acumulo excessivo por uns provoca falta para outros; e interessa referir que jamais encontrei alguém que defendesse abertamente a ganância, apenas questionam sua contrapartida, a generosidade, acenando com a possibilidade de carência futura ou argumentam que é tudo uma questão de capacidades individuais; existem até ditos populares sobre o assunto:

    “Quem não tem capacidade que não se estabeleça.”

    “Quem poupa o que tem não mendiga o  de ninguém.”

    “O sol nasceu para todos, a sombra para os espertos.”

    De acordo com alguns autores este comportamento ganancioso estaria baseado em uma necessidade infantil de posses por não haver, a criança, aprendido a renunciar, adaptando-se à realidade de não ser necessário nem possível possuir tudo que se deseja.

    Portanto coexistirão, sabe-se lá até quando, ‘inteligentes’ gananciosos e ‘bobos’ éticos independentemente das profissões e das causas... Infelizmente!

    Para concluir vale a pena citar Tomás Pablo Paschero, um dos mestres da Homeopatia, que fala na ‘transformação do egoísmo infantil em altruísmo adulto’ durante o processo de cura real do homem e, textualmente, Teilhard de Chardin, filosofo evolucionista:

    “O homem se ‘humaniza’ graças ao esforço que ele realiza sobre si mesmo.”

    Um vídeo pertinente: Entrevista com Robert Happé.

    01/04/2010

    Homeopatia / Distúrbios femininos.

    Jornal 3

    Em sua edição de 20 de  nov. de 2004 o jornal O Liberal, de Belém do Pará, trouxe a seguinte reportagem:

    Homeopatia em doenças tipicamente femininas.

    A seguir partes da reportagem  que pode ser conferida na íntegra.

    “Cerca de 17 milhões de brasileiros recorrem a esse tipo de tratamento. Em Belém, a maioria é de mulheres na faixa etária entre 25 e 40 anos. Especialmente, para tratar dos incômodos da TPM e menopausa.

    Em Belém, os pacientes que mais procuram a homeopatia são mulheres de 25 a 40 anos que pretendem aliviar o incômodo da Tensão Pré-menstrual (TPM) e da menopausa. As vantagens atribuídas ao tratamento homeopático passam pelo preço mais barato dos medicamentos e a ausência de efeitos colaterais.
    …A menopausa é também um dos principais fatores que levam as mulheres até o consultório homeopático. Os especialistas em homeopatia dizem que o climatério ou menopausa não pode ser tratado como doença, deve ser encarado como uma fase natural de crescimento da mulher. É nessa fase que a mulher sofre alterações físicas provindas do anabolismo, o nível de estrógeno produzido pelos ovários é diminuído, gerando um “conflito” nas funções dos organismo, o que possibilita, entre outros, ganho de peso. Além de mudanças na estética feminina, a menopausa causa modificações mentais, a mulher passa a ter irritações e stress constantes… Para o tratamento da menopausa, os homeopatas utilizam algumas substâncias que aliviam e curam o mal-estar das pacientes…”

    Uma alternativa bastante adequada para uma condição feminina desconfortável/sofrida determinada pela sábia evolução das espécies e portanto natural. Mas sempre me intrigou a dualidade dos ‘discursos’,  a que estão sujeitas as mulheres, à respeito dessas questões; mulheres/meninas crescem ouvindo que menstruar é horrível e mulheres/moças amadurecem ouvindo que parar de menstruar  também é.

    Não é incongruente?

    14/03/2010

    Homeopatia Direito de Todos.

    imagesCA16SWA7 Entre e-mails e comentários de visitantes deste blog nesta semana, os quais agradeço, um particularmente significativo do Dr. Hylton Sarcinelli Luz, colega especialista em Homeopatia, Presidente da Ação Pelo Semelhante, líder da campanha Homeopatia Direito de Todos e coordenador do Portal Ecomedicina; www.ecomedicina.com.br que vale a pena visitar entre outras razões pelo artigo MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO NA BERLINDA, ótimo na íntegra mas do qual destaco o seguinte parágrafo:

    “A Homeopatia é uma prática de saúde que se sustenta por si mesma, que não é movida, ou fomentada por publicidade, que não recebe investimentos para pesquisa e para desenvolver-se, mas permanece viva há 214 anos, apenas e exclusivamente, porque faz bem a saúde. Não fosse por este aspecto não haveria tantos usuários e apreciadores.”

    Um adágio persa:

    “Duas coisas indicam fraqueza: Falar quando é preciso calar-se e calar-se quando é preciso falar .”

    Grata surpresa conhecer o Portal Ecomedicina e saber dessa iniciativa em prol da Homeopatia e da Saúde; julgo que nós, aqui no nosso meio,  médicos e usuários adeptos da Homeopatia, também precisamos falar mais sobre ela, apresentá-la aos que não a conhecem, esclarecer os que não a compreendem e defendê-la dos que a atacam, assim como fazem Dr. Hylton e seus parceiros, pois ela é suave, discreta, pouco ou nada prepotente e necessita de nossa voz.

    07/03/2010

    Medicina/Sacerdócio/Ganância.

    Caduceu Marcelo José levantou a interessante e sempre atual questão…

    Medicina: Sacerdócio X Ganância…

    Achei oportuno, antes de tecer considerações, buscar no dicionário:

    Medicina
    Ciência de debelar ou atenuar as doenças.
    Profissão
    Ofício; emprego; ocupação; mister.
    Sacerdócio
    Conjunto das funções e dignidade do ministro de um culto qualquer. / Carreira eclesiástica.
    Fig. O que tem um caráter venerável e quase como sagrado; mister nobre, missão elevada.
    Ganância
    Avidez de ganho, de lucro.

    Pelo que me consta faz-se alusão a duas profissões como sacerdócio, medicina e magistério, e deslizes nesses misteres são pouquíssimo tolerados mas, a bem da verdade, enquanto profissões são como todas as outras, meio de subsistência para quem as pratica; como professores são usualmente mal remunerados vamos deixá-los fora de nossas considerações, mesmo porque a questão levantada diz respeito ao exercício da medicina. 
    Atendo-nos a ela; que malgrado condições de trabalho às vezes aviltantes, usualmente garante a sobrevivência do praticante; freqüentemente nos deparamos com situações em que o médico é taxado de ganancioso, isso não difere do encontrado nas outras profissões, talvez mais grave na medicina por lidarmos diretamente com a vida, mas o modo como os indivíduos exercem seus ofícios ultrapassa a questão da formação profissional e desemboca na formação ética.

    Ética
    Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral. / Conjunto de regras de conduta.
    Quem vive com ética trabalha com ética, a qual pode até ser estudada em faculdades, mas dificilmente será apreendida por estudantes cujo caráter já estará moldado.
    Erich Fromm discorrendo sobre caráter do homem fala de escassez e de abundância; segundo ele o individuo que não tem o essencial garantido age sob a influencia da falta e suas ações seriam dirigidas para a conquista desse essencial, já aquele que não tem que se preocupar com o essencial estaria sob a influência da abundância e suas ações seriam direcionadas para o criativo e para o eticamente saudável, e nesse panorama não caberia ganância.
    -
    Mas onde estaria o divisor de águas entre conceitos/sentimentos de escassez e abundância?
    -    Baseado em quê o individuo consideraria alcançado o que lhe é essencial?
    -    Qual e onde estaria o impulso/desejo/consciência que o individuo teria que acessar para redirecionar suas ações em busca da realização ética e criativa ?

    A mim parece óbvio... E a vocês?
    Retornarei a esse assunto no próximo final de semana.

    HOMEOPATIA/SUS.

    Jornal 3Em 03 de maio de 2008 o jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem, assinada por Fabiane Leite, com o título:

    Homeopatia ganha espaço no SUS, mas só 110 municípios a adotam.

    Abaixo trecho inicial da reportagem:

    “Apenas 110 dos mais de 5.000 municípios brasileiros, entre capitais como São Paulo, Rio e Belo Horizonte, utilizam hoje a homeopatia na rede pública, apesar de em 2006 a especialidade médica ter sido acolhida como política de saúde no Brasil. O Ministério da Saúde, no entanto, aponta uma demanda crescente pela terapêutica desde o início da década, com aumento de mais de 20%, acima do crescimento da população, de acordo com os dados da pasta.
    No último ano, a especialidade respondeu por mais de 300 mil consultas do Sistema Único de Saúde (SUS), o que corresponde a 10% das consultas de atenção básica do período.” 

    Noticia melhor é que Uberlândia se encontra entre os 110 municípios referidos; só não é melhor porque a demanda supera a capacidade de atendimento,  pois somos apenas três médicos, locados no PS do bairro Patrimônio, tratando com Homeopatia; a Dra. Alda Valéria Tofolli é pediatra, a Dra. Leila Tostes é clinica geral e eu atendo pacientes que apresentam distúrbios emocionais e de conduta. É necessário encaminhamento de profissional da área de saúde para agendamento de consultas, o qual pode ser feito por telefone, através das unidades de saúde quando quem encaminha pertence à rede municipal; quando encaminhado por profissionais alheios à rede municipal o interessado deverá se dirigir  ao P.S. Patrimônio.